Então
disse o rei aos seus homens: Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e
um grande homem?” (2 Samuel 3.38)
Foi
assim que há aproximadamente três mil anos, Davi lamentou a morte de Abner.
O povo
de Deus tem tido seus príncipes através da história.
Um
deles, sobre o qual falo agora, não se vestia com trajes reais nem possuía um
cetro ou uma coroa.
Era uma
pessoa simples que viveu trinta e nove anos incompletos.
Viveu
nesta época em que o Acre, o Brasil e o mundo passam por grandes
transformações.
Há
poucos anos ninguém jamais poderia supor que ele teria parte fundamental na
melhoria de nossa sociedade, influenciando famílias e uma cidade inteira.
Ouso
classificar esse homem como a síntese do melhor de sua geração.
Jessé,
simplesmente Jessé.
Nome
simples e breve, como foi sua vida.
Mas
esse ‘simples’ não significa comum, mas revela uma de suas maiores virtudes – a
humildade.
Impressionante
como um nome pequeno conseguiu reunir tantos valores e qualidades.... E em tão
pouco tempo de vida!
Isso
seria um grande desafio para qualquer pessoa. E somente aqueles com uma missão
especial conseguiriam realizar, como fez Jessé.
Desde
cedo aprendeu a ouvir os conselhos de Deus e a orientação de seus pais... O
resultado não poderia ser outro: Deus o honrou sobremaneira em tudo o que ele
foi e se propôs a fazer!
Diz a
sabedoria popular que só temos uma vida realizada quando plantamos uma árvore,
temos um filho e escrevemos um livro. Para Jessé, não houve tempo para cumprir
esta última etapa.
Porém,
ele gravou dois CDs e encaminhou diversos projetos de lei, na condição de
parlamentar.
Talvez
esse provérbio admita alteração, não é mesmo?
Sinceramente,
não conheço ninguém com tanta disposição para homenagear, reconhecer e
valorizar as pessoas e o trabalho das mãos delas...
Jessé
nasceu com a vocação da alegria, amizade e companheirismo...
Durante
toda sua vida, por onde quer que tenha passado, plantou essas sementes, na vida
familiar, eclesiástica, profissional e política...
Filho
dedicado, irmão carinhoso, esposo amoroso, pai abnegado, pastor/evangelista
vocacionado, homem público exemplar e cunhado-irmão.
A dor é
grande. A perda é irreparável...
Mas de
alguém tão especial como Jessé, que durante toda sua vida nos contagiou de
alegria... já era de se esperar que sua partida prematura nos causasse tanta
tristeza e lágrimas.
Jessé
tinha a capacidade ímpar de ser engraçado mesmo contando piadas sem graça e
inúmeras vezes repetidas, ou fazendo alguma das suas diversas imitações...
Comigo,
uma das piadas mais recorrentes que costumava fazer era a de, ao me apresentar
a alguém, sempre dizer que eu me orgulhava de dizer que era cunhado dele...
Isso, meu amigo, sempre foi verdade e não piada.
Neste
momento de despedida, tomo emprestada as palavras de Fernando Pessoa, quando
disse que: “o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis”, como você, Jessé.
Jessé,
meu cunhado, amigo, pastor, muito obrigado... Pelo amor e cuidado com a
“Cildinha”, Lucas, Mathews e João Markos. Eles são o seu legado... Nós
continuaremos a amá-los e ele saberão sempre honrar seu nome, sua história, seu
exemplo.
Foi
muito difícil tentar escrever sem chorar. Muito mais agora tentar ler...
A
Palavra de Deus diz que até na morte o justo tem esperança.
Deus é
fiel e o recompensará por todas as suas obras.
Obrigado.
(Autor: Cláudio Barbosa - Homenagem feita em 17/08/2010)
SO TENHO À DIZER... SAUDADES!!!
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