“Moisés pensou que seus irmãos entenderiam que
Deus o estava dirigindo para libertá-los, mas
eles não o compreenderam.” (At 7.25)
Em
nosso dia a dia, é inevitável enfrentarmos
incompreensões, elas nos causam frustração e desanimo, em especial quando
vindas dos próprios irmãos, sendo agravadas quando geradas por mal entendidos quanto a boa-fé, a
boa intensão.
Vemos
essa experiência na de Moisés, e nos identificamos em frustração, quando estamos
fazendo a coisa certa, pensando que nossos irmãos terão a mesma perspectiva, no entanto eles não entendem, não nos compreendem.
Moisés,
um homem culto, inteligente, preparado em toda ciência adquirida no palácio do
Egito, filho da realeza, quando tinha 40 anos resolve visitar seu povo de
origem, sentindo de perto suas dores e dilemas. Nessa visita, ainda em sua
capacidade humana e racional, resolve fazer justiça com as próprias mãos,
matando um egípcio e esconde o corpo, mas como diz a Bíblia: “porque não existe nada oculto que não seja
revelado”, Moisés até pensou que não havia testemunhas, foi descoberto e até mesmo denunciado para Faraó.
O assunto vem à tona, quando cheio de boa vontade, Moisés tenta conciliar,
pacificar um conflito entre seus irmãos. No texto, percebe-se que Moisés
estava consciente que Deus estava os
dirigindo para libertá-los. “Moisés
pensou que seus irmãos entenderiam que Deus o estava dirigindo para
libertá-los, mas eles não o compreenderam.” (At 7.25).
Após
a denúncia de seus irmãos e a mobilização de Faraó, começa a sua fuga de
Moisés, uma fuga direta para o centro de treinamento de Deus: o DESERTO, a mais eficiente academia ministerial de
liderança espiritual.
Ora,
ser o libertador do Povo, um príncipe entre os seus irmãos, era o objetivo traçado no plano de Deus, para
um tempo posterior, dentro do propósito divino. Este propósito, foi motivado
pela falta de compreensão de seus irmãos. Mas é preciso, enxergar mais alto,
acima da situação que causa a dor, pois muitas vezes, a incompreensão, a
perseguição, a inveja, apesar de serem armas nocivas, podem servir de molas
propulsoras para a conquista de sonhos e propósitos divinos. Temos como exemplo
o jovem José, que empurrado pelo ódio de
seus irmãos, tornou-se de auxiliar de serviços gerais de sua família, um auxiliar direto de Faraó e um grande
administrador em tempos de crise, em uma época de grande prosperidade da
civilização Egípcia.
Em
sua experiência de vida no deserto, após 40 anos, Moisés adquiriu um aprendizado de excelência, que
o capacitou para ser o Libertador do Povo, agora nos padrões de Deus. O padrão de Deus, é
esvaziar-se de si mesmo, e se encher de Deus. No deserto, o aprendizado de
Moisés, superou qualquer aprendizado humano entre os mais elevados padrões que
ele teve a oportunidade de adquirir enquanto no Egito. Com seu rebanho atrás do
deserto, no monte de Deus (Ex 3.1). O líder Moisés, encontra o anjo do Senhor,
e evidencia a essência do que aprendeu:
Disse
o SENHOR ”Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo
(os filhos de Israel) do Egito. Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? E disse: Certamente
eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando
houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte.” (Ex 3.10-12)
Foi
no deserto, dentre muitas coisas, que Moisés
aprendeu a não criar expectativas sobre si mesmo em relação aos seus
irmãos, mas mudou o foco, criou expectativas sobre o que pensariam de DEUS:, o
“EU SOU” me enviou a vós. No deserto, ele aprendeu preocupar-se com o que Deus
pensa, e o que Deus planejou. A companhia de Deus que garantiu” Certamente eu serei contigo” fez toda a
diferença na superação de Moisés para enfrentar o universo da incompreensão, da
perseguição e do ódio.
Somente
o Deus que chama, que capacita, que envia e que garante a Sua Poderosa
companhia é que nos motiva a enxergar além das circunstâncias humanas. Pois
esse Poderoso Deus é pensa e projeta muito
além do que qualquer compreensão humana.
“ Porque os meus pensamentos não são os
vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do
que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e
os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Is
55.8-9)